quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

M.eu.s .de.votos

          E lá se vai um "ano" redondinho, que passou tão rapidamente devagar e durou trezentos e sessenta e alguns dias. Mal posso esperar pela quarta-feira de cinzas mesmo, quando o circo todo acaba. Ceticismo não me comporta, sou tão imenso. O que pretendo? Duvidar, questionar, pulverizar. É "cheia de graça" a alegria que toma conta do ser e fogos e brindes e o peru coitadinho! Família, ai a fam.ilha., votos e velas e promessas, tudo novo, um "milagre", filhos e netos e bisnetos e cachorro e pé de laranja e gafes e vizinho chato e exageros e por ai vai... Enfim, o ano-que-vem com seus trezentos e poucos muitos dias vai chegar para esses alegres tripulantes, o "novo", dois mil e doze e sua crenças e lendas e vícios. Retrospectiva, ai a retrospectiva de tudo que foi muito, mas muito péssimo mesmo para deixar no cabresto quem dele jamais ousou sair. Engarrafamentos perfeitos e praias tão...Observar é melhor que ir ao teatro, é pura arte, é o .ir.real. Ai, ai, o homem e suas tensões e diversões, espera que o sol já vem e com ele outro dia, outra agonia. Tudo tão .des.interessante para um comandante do futuro de uma ilusão. E eu? eu prefiro mesmo é navegar...
Boas f.r.estas
Lucas t.o.m

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Eu não
Consigo
Deixar

Em meu mundo
Alguém
Entrar

Eu só
Preciso mesmo
Tentar

Mas eu
Complico tudo
Essa coisa

A coisa
Que se chama
A.Mar

terça-feira, 25 de outubro de 2011

         A VIAGEM

   Há certos momentos tão incertos na vida. As imprecisões que descambam num nada violento agoniam o coração, a mente, o corpo. E quando pensamos que a calmaria está por chegar, uma tempestade muda tudo. E não me digam que há beleza nisso porque não há. Há escuridão e só. Sofrimento e dor e só. O poço da paciência seca, a virtude da temperança se afoga nas lágrimas do desespero. Pedir ajuda? A quem? Quem se dispõe a ajudar? Todos somem e não há ninguém. É aí que você descobre que só pode contar consigo mesmo. Procura, procura e não acha. Sabe por quê? Porque até você sumiu. e encontrar-se não será uma tarefa fácil. É um processo que exigirá sobretudo a confiança no desejo soberano de saber-se. Isso exige a fuga. Fuga do mundo, o retirar-se por um tempo, purificar-se, equilibrar-se para só depois voltar a ser, inteiro, preparado e ciente de seu lugar no mundo. 
    Sem perceber você se despede de todos, guarda as boas lembranças e segue rumo a sua caminhada individual, ímpar. Sem interrupções, sem apoio, mas com uma certeza alucinante. A certeza de que no final você estará de volta e então saberá não a razão das coisas, mas a melhor maneira de lidar com elas.
Lucas t.o.m

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

  ASSUMIR-SE
  A cada dia percebo que o preconceito vem dele próprio. Aqueles que são discriminados e perseguidos mantém uma conduta de auto-perseguição, auto-punição. Não se inclui através da separação de grupos específicos e classificações de pessoas pelo gênero, cor, etnia ou qualquer outra coisa banal. Primeiramente somos Humanos, apesar de , nem sempre nos vermos como tal. 
  A verdadeira verdade é que ninguém se aceita como é. Ou até se aceita, mas com uma retaguarda cheia de dúvidas e imprecisões. Nisso se arma e parece estável  como uma bela embalagem de Xampu. Por dentro há uma desolação. Desolação essa causada pela falta de diálogo, de palavras sinceras. Precisamos expôr nossas fraquezas e não fingir ter uma força que ainda não temos, fingir ser algo que jamais seremos. 
  Precisamos assumir. Assumir que estamos confusos, perplexos, mal-resolvidos e que isso não nos impede de ter momentos felizes, mas nos atormenta. Nos dilacera quando precisamos passar algum tempo conosco, sozinhos. Pois somente na solidão é que se pode enxergar o eu-verdadeiro, íntegro. E ao enxergarmos, não podemos mais nos esconder e somos obrigados a nos encarar.  
  Talvez quando a realidade assumir o lugar da fantasia, da vida colorida e cheia de alegria, possamos ser nós mesmos. Nada de pessimismo, apenas um pouco de lucidez.
Lucas t.o.m

sábado, 15 de outubro de 2011

Você pensa que está pronto. Abre os braços, caminha até a beirinha. Olha para baixo. Retorna e desta vez irá com tudo. Você seleciona o alvo, respira fundo e sai. Você corre desesperadamente. Impulsivamente decidido. É, afinal, seu objetivo. O que você tanto buscava. É quem você sempre esperou. Até que uma força maior que seu desejo lhe derruba bem próximo ao desconhecido. Daí, você quase pula, mas não pula. Talvez porque tenha medo. Ou por não estar bem certo do que quer. Ou por não estar pronto. Ou porque você simplesmente não quer pular. Descobre assim, que talvez você não seja como os outros. Nem todo salto é para todos e o tempo é seu e é só seu, pule quando quiser e somente se tiver vontade.  Anime-se você ainda pode contemplar a vista, de longe, mas pode.
Lucas t.o.m

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

UM SEGUNDO

A Criança
Um Inocente
Ingênuo
Brincando
Sonhando
O futuro
A família
O acaso
Uma arma
Um disparo
Dois disparos
E se foi
A vida
A esperança
Faz nascer
O desespero
A insegurança

Um bom aluno
Filho exemplar
Uma professora
Lutando 
Para fazer a diferença
Sem rumo
Sem sentido
Do que as crianças precisam?
Atenção, carinho
Precisam ser crianças
Sem armas
Sem tantas lágrimas
Sem tanto sangue
Derramado em vão
Ainda é preciso falar disso?
São só crianças
Crianças sós
Crianças e só
LUCAS t.



terça-feira, 4 de outubro de 2011


EU NÃO TENHO CORAÇÃO

E tanto que se é feito em nome do amor
Travessuras, declarações, coisas emocionantes
O que é o amor? 
É posse? 
Ciúmes cabem dentro dele? 
Desconfiar cabe dentro dele?
Tirar a vida cabe dentro dele?
A metade da laranja
Razão da minha existência
Romantismo magnético musical
Cartões e rosas
Sentimentalidades, fanatismos, lunatismos
Abstrato e vão
Subjetivo e particular é o amor
É preciso paixão, fervor, ficar sem ar, viver para amar
A mim, isso parece loucura, asma, ou qualquer coisa do tipo
Se ter coração é ter tudo isso
Desisto, não tenho coração
Pelo menos robôs não matam por amor!
O que se sabe é que:
O mundo é grande
A vida é um piscar de olhos
O amor é um sonho
E se o sonho é bom, para que acordar?
Lucas T.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011


Aqui dentro é In(finito)
Sem cor ou direção ou contramão. Minha camisa amarrotada pelo silêncio. A expressão da face que não traduz o sentimento. O sentimento que não sei se tenho. O sentimento que jamais senti. Se senti não percebi. Se percebi, esqueci. Em minha frente havia uma esquina e eu não vi. Não dobrei à esquerda. Segui reto, porque sempre faço isso. O que tem de ser nem sempre é. E quando é, desgasta. O tempo desgasta tudo. E são tantos finais em mim. As vontades se apavoram em sua consciência desta minha realidade. Espero que caia do céu, mas se caísse, só haveria o chão. Como eu queria estar agora de braços abertos, de coração aberto. Ainda não encontrei minhas chaves. 
Ando aí, assim, tão desbotado. Despetalado. Minha harmonia não dura. Minha temporalidade difere ao que é normal, ao que é aceitável talvez. Mas é assim que me gosto e me suporto. A mudança bate sempre à porta. Para quem a deixa entrar, conduz a transformações imperiosas,. Contudo engana-se quem acha que ela não sabe pular a janela, atravessar paredes, invadir os lares. Não há como fugir dela. 
E mesmo no caminho mais reto, as curvas serão inevitáveis. Em cada curva um sorriso. Em cada curva um labirinto. Por tanto tempo estarei ainda vivo. Nada acaba, e nem há fim que sempre dure. Soa estranho? Em tudo existe algo de esquisito. Ai como dói ser assim:  tão infinito.
Lucas T.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Quando se sentir estranho e achar que está perdido
Que não sabe para onde está indo
Que não sabe o que quer
Quando não se reconhecer mais
Quando a vida lhe ferver à cabeça
Respire, você não está sozinho
Isso não é o começo da loucura
Mas um indício de lucidez
E a lucidez pode causar dor
Contudo, parece ser mais aconselhável o risco da dor da clareza do que viver a felicidade na ignorância
É normal sentir-se assim, deslocado, sem rumo
Lembre-se: você ainda é seu 
Ser humano é sofrer, duvidar, estressar-se
E também é alegrar-se, conviver e amar
A vida é completa
Mas isso não significa que ela seja perfeita!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Penso que às vezes seria muito bom me desligar de mim  Esquecer-me   Andar sem esperar por nada  Mas em minha trilha as paisagens me obrigam a olhar pra dentro  Quem sabe esse olhar me surpreenda quando eu descobir que esse talvez não seja eu

Alguns pensamentos meus- Lucas T.
Ideias são  planas demais Me enquadro e me desgasto nelas Persigo meus sonhos horizontais Desmonto    Lá vem ela novamente Graciosa mudança que me embala Em seu colo eterno Algo novo Novamente outra chance Impaciente que sou me desespero E só agora atento para o sentido Não há perfeição    A evolução nunca para A cada dia morremos Pra em outro dia nascermos E amanhã já não serei o mesmo

L.M

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Dias que se passam recentemente me prendem a mim mesmo não me deixando soltar. Estou preso aqui dentro, mas sinto-me jogado para fora. Não é uma liberdade assim, externa. É algo bem mais comprometedor que me arrebata, chicoteia e me traz de volta a minha velha questão: Eu, quem sou? E apesar disso nem me preocupar mais como era dantes, em nada me alivia pensar nisso. São grandes as conquistas as que tenho chegado, meus modelos cairam e eu cai junto a eles para poder aprender a fazer sozinho, a ser sozinho, a me construir do nada. Do nada sim, pois as bases que até então eu pensava que eram tão minhas, não o eram. Foram roubadas de outras cabeças, de outras sentenças, que não as minhas. Aí eu me perguntava: Cadê o espelho? E quanto mais eu o procurava mais ele fugia. Cansei de procurar. De tanto fazê-lo nem me dei conta de que conseguia viver muito bem sem ele, sem meu reflexo, sem aquela imagem a seguir, sem nenhum padrão. Eu sou os meus padrões, absurdos, grotescos. É a minha implusividade o que faz de mim um ser em construção. Por vezes intratável, irritável, incompreenssível, mas que no profundo da propriedade carnal e de alma se faz apenas um pássaro. E como todo pássaro, possui asas. É! Eu ainda sei voar, e como gosto tanto disso. Gaiolas não me prendem nem me esquivam de me ser. Aqui dentro desse poço de egoísmo, que me leva a angústia perturbadora de sentidos, mas que ao fim me devolve a falta, que por sua vez me permite desejar mais e mais, existe uma inteireza, uma ebulição, sublimação. Uma canção própria e inintelígivel. Ai como é bom ser quem agente nem sabia que era e perceber que se pode ser não o que se quer mas o que se é possível ser!
Lucas Tadeu

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

"E de repente a vida que você conhecia muda totalmente. E o que você vê diante do espelho é outro. E esse outro é você. Estranho."
Alguns pensamentos meus - Lucas T.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

UNS
Sigo então com minha alegria de um sorriso triste
Cambaleando felizmente sobre este chão sem graça
Vejo vida em cada esquina, alí tentando seguir
E o alimento pra alma é a solidão
Penso, penso e peso
Há tantas importâncias em mim 
Em mil pedaços meus
Semeados no jardim da mansidão que me tem no fim da tarde
Sim, de manhã sou outro, o irritado
Ao meio-dia, sei lá quem sou

Caio e me levanto todos os dias
E já não me incomodam as cicatrizes 
Elas me descrevem melhor que eu

Sombrio e obscuro
Na lucidez que abraça a euforia
Canto pra espantar fantasmas



Noite pra que me tens tão sóbrio e doce?
Sol poente me alucina para humores diversos
Durmo antes da meia-noite
É cansativo ser vários em um só dia
Não tenho personagens
Sou a história, sem pé ou cabeça
Do que o tempo chama de estranho
Único eu chamo
Assim
Um
Ou não
Vários
Em um
Eu:Uns 

Lucas Tadeu


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

DO MEU TIPO
Enxergo tantas possibilidades em mim, mas nenhuma me conduz a oferecer compaixão, mesmo quando ela é devida. Faço coisas sem saber se as faço pelo simples fato de fazer ou por uma vontade sorrateira que me angustia e me obriga a tanto. Não sou do tipo que chora em velórios. É tudo tão irreal, tão fora de qualquer órbita que meus pensamentos possam alcançar, que duvido que realmente seja um momento triste. Também não me encaixo no patamar de pessoas que está sempre alegre por tudo, agradecendo pelo sol que brilha e pelo dia que se anuncia. Sou mais aquela alma peregrina que só sabe mesmo é fazer perguntas para o tempo que resiste em repondê-las. 
Sou um homem que se ampara em sua própria insegurança de querer e não saber tudo. Engatinho ainda em terrenos móveis que me disassociam da realidade plena. Vivo caminhando sobre a linha tênue entre a sinceridade e a frieza. Não que eu não tenha sentimentos, mas eles são tão desdobrados e entrelaçados em uma esperança infinita, que demonstrá-los é uma tarefa árdua, tanto que me parece mais fácil suprimí-los por detrás de um personagem. Sou do tipo que acorda sorrindo e segue assim por semanas. E num belo dia de outono se fecha como ostra e se isola e se consola e renova suas forças e volta a sorrir. Sou eu e minhas características efêmeras. Preciso de mim de vez em quando. Preciso de mim mais do que gostaria ou mais do que possa suportar. Sou um mundo inteiro em mim, completo. 
Outras vezes evito o espelho, fujo de mim como louco. Quem tentar me entender vai se enrolar numa teia múltipla de indefinições aleatórias que não conduzem ninguém a lugar algum. Se eu me entendesse eu não escreveria. Para que escrever quando as palavras não servirão de alívio temporário para as angústias da alma? Por dias me abraço a Rilk, "prefiro a pantera ao anjo", e passo a "condensar o vago em preciso".
O que quero dizer é que não sou daqueles adoráveis seres que agradam todo mundo e que riem de piadas toscas. Ledo engano, até eu me enganei nisso, não tenho tendencia a caridades. Preciso de prazer para mostrar meu sorriso. Gosto de rostos verdadeiros, de gente de carne e osso, que sofre e luta, que não se entrega, mas que sobretudo não finge uma felicidade alternativa. 
Se me pedir pra guardar um segredo, eu esquecerei o que me disser. Se me pedir um conselho, eu não direi nada, e com a cara mais sem sal lhe lançarei um olhar de questionamento. Se me perguntar se eu te amo, eu levarei alguns dias para lhe dar a resposta. Pois se eu nunca te falei, talvez nem tenha pensado sobre isso. Não tenho respostas prontas, e por que eu deveria, visto que tenho esperado tanto tempo por algumas respostas que acho que nem virão um dia?
Sou um pouco do que desejo e do que gostaria de ser. Não se preocupe se eu não te olhar nos olhos, se eu não te ver. Nada em mim é fingimento. Não sei se tenho um tipo definido, acho que sou do meu tipo. Não aceito conselhos, até os ouço e reflito sobre eles, porém,  acho que ninguém possa me ajudar ou me aconselhar, não sem uma intenção velada, não de maneira neutra.
Quanto às criticas, "não passam de mal-entendidos mais ou menos afortunados" .E como diria Clarice:" E se me achar esquisito,respeite também, até eu fui obrigado a me respeitar."

Lucas Tadeu

sábado, 13 de agosto de 2011

NÃO A DEIXE MORRER

Das coisas que  simplesmente não entendo e que excedem a angústia diária de meus pensamentos, inquieta-me o grave problema da exclusão da paciência. Esta que foi esquecida, abandonada. Assim como abandonamos nossas crianças e jovens e a esperança que grudada estava a eles também se foi. Educação se resumiu a gritos e sermões demorados. É fácil cobrar quando se faz o contrário. As palavras movem, os exemplos arrastam!
Queremos uma sociedade incorruptível. Ensinando que o melhor sempre vence e o sempre, exige trapaças e tropeços. Igualamos os gêneros e as personalidades. Somente para podermos exigir as mesmas coisas de todos. E o respeito à multiplicidade ficou suprimido.
"Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma. Até quando o corpo pede um pouco mais de alma. A vida não para!" Corremos de lá pra cá sem rumo, sem caminho definido, gastando nossos sonhos sem exitar.
Fazemos pedidos pela manhã e os queremos relizados ao meio-dia. Quem sabe esperar chamam-no preguiçoso, " mosca morta". Paciência já é quase uma patologia. Quem aprendeu a tê-la fez questão de esquecer. Há ainda alguns poucos e resistentes seres, aos quais eu chamo iluminados, que cultivam esse dom. 
O maior guerrreiro é aquele que sabe esperar a hora certa de atacar ou de apenas se defender.
Vejo a irritação nas redes sociais, no trânsito, nas escolas, academias, televisão, nas ruas, supermercados. Vejo a pressa nisso tudo. É como o motorista que nunca relaxa e fica segurando a marcha quando o sinal fecha para poder sair depressa quando ele abrir, é só mais um escravo no tronco  aguardando que o chicote lhe pegue o lombo em cheio.
Àquele que se presta ao papel de paciente resta o desprezo, é um eterno andar contra a correnteza. Mas numa caminhada que vale a pena,pois no final, quem realiza a verddadeira e grandiosa conquista não é o primeiro a cortar a fita da linha de chegada, mas aquele que supera seus próprios limites parando no meio do caminho para ajudar aos que caem e clamam por auxílio. este sim ganha um prêmio, este merrece nosso respeito. Ser campeão só é válido quando não é uma conquista egoísta.
Concluo com as palavras melodiosas de Lenine: "O mundo vai girando cada vez mais veloz. A gente espera do mundo e o mundo espera de nós. Um pouco mais de paciência"
Paciência para colher os frutos, que sempre vêm, mesmo que a árvore não frutifique, colheremos sua sombra, sua presença, seu frescor.

Lucas T.

domingo, 7 de agosto de 2011


Me chamam de paranóico
Porque gosto de respostas
Gosto de manisfestação 
Porque eu não suporto o  silêncio que não sacia a dúvida
O silêncio pode ser amigo quando é desejado
Mas quando substitui a resposta, até responde
Com a simplicidade de um Não
Que não esclarece
E a escuridão é fria e às vezes assusta
Sou movido pelas palavras e sua claridade
Preciso delas antes de dormir
Afinal, nem só de harmonia vive uma canção!
Quero a letra, no papel, no ar
Só assim respiro
Se sou paranóico? Exigente demais ?
Com certeza não será a resposta a essas perguntas que me satisfará!

Lucas T.






terça-feira, 2 de agosto de 2011

FALTA

Vivemos a esperar. A resposta que nunca chega. O carinho que se esvai. A palavra que não se diz. O pedido de desculpas que não vem. O elogio que parece nem existir. A mão que não toca. O calor que não esquenta. O desejo que não satisfaz. A vontade que não evolui. A esperança que apesar de não morrer, enfraquece. O sonhar que se interrompe. O caminhar solitário que se estende. O perceber-se vazio. A ideia que não se realiza. O prazer que não é recíproco. A dedicação que não aparece. O sentido que não se sente. O ombro amigo que não sustenta. O apoio não recebido. O beijo contido. A voz que se cala. O silêncio que esfria. A dor que é suprimida. A lágrima que é contida. E quantas coisas mais nesta vida que não acontecem. Sem explicação, sem razão. 
Pra que entender ?  o entendimento não revigora. Sei de muitas coisas e nenhuma delas me faz companhia quando todas as outras se vão. Há tantas pessoas neste mundo. Espalhadas. Espelhadas. Eu aqui e elas por aí. O diálogo que foge. As conversas que diminuem. Então eu paro e me pergunto: Onde estava que não vi o passado sair de fininho ? Onde estava que não enxerguei minha boas lembranças caindo no poço do esquecimento ?
Hoje tudo se faz tão complicado que muita gente nem sabe mais dar um simples: Oi!
Tudo o que posso dizer é que há muito que superar e evoluir. Há um cansaço que a expectativa gera e que aos poucos corrói a autoestima. Nos perguntamos: O que eu fiz de errado? Mas quando essa resposta chega, e ela sempre chega, não satisfaz. Saber que não há nada de errado com você, mas que há um enorme muro entre o outro e você é desesperador. 
Eu continuo querendo, mais e mais. Eu preciso da continuação. Não quero o final feliz. Quero o meio, o recheio.
E eu não me acostumo com não ter ninguém do outro lado. Quero fazer parte. Quero me interar. 
Queria poder me entregar, me render. Mas, em territórios da paixão, a batalha talvez nem exista!

Lucas Tadeu

domingo, 24 de julho de 2011

DIÁLOGOS

EU E O OUTRO
É importante que dediquemos nosso carinho a alguém. Que doemos uma parte de nosso tempo, de nossa vida. Mas é fundamental que tenhamos a sensibilidade para perceber até onde ir. Talvez esteja se dedicando demais a alguém que não lhe pede nada. Saiba entender que todos temos momentos de dúvida, compreenda isso e relaxe, deixe a corda frouxa, o outro precisa respirar. Se sentir sua falta irá lhe procurar e se não lhe procurar mais, pelo menos você gastou seus dias com coisas importantes e não somente suspirando a esperar. Nada disso é fácil, viver não é fácil. Mas seja lá o que for empreender faça-o com gosto, empenho, mas distancie-se de vez em quando para observar de longe. Isso trará profundas mudanças. Analisar os outros é fácil, analisar-se é árduo, porém é verdadeiramente gratificante. Existe uma frase que diz: " Pessoas gostam de pessoas que gostam de si mesmas". Como levei tempo para apreender o significado disso. Gostar de si é a tarefa mais empolgante que pode haver, contudo é onde mais tropeçamos. Não fomos educados para nos dar amor. Queremos recebê-lo a todo momento e até achamos que somos capazes de dá-lo a alguém, e talvez até sejamos. Mas cada um só dá o que tem. Como amar o próximo, se você nem aprendeu a se amar? Não falo aqui em egoísmo, falo em construção de uma individualidade, um Eu. Construa-se, passo a passo. Isso levará dias e quem sabe a vida toda, mas será a experiência mais fascinante de sua vida. Não permita que o mundo molde o que você é. Não seja uma vítima, mude sua história. Vire-se do avesso se for preciso, mas nunca deposite no outro aquilo que deseja ver em você. Seja autênctico, vivo. E, sobretudo ame o quanto puder. Amor nunca é demais. Amor não sufoca, não preenche. O amor apenas surpreende. 

Lucas Tadeu



terça-feira, 19 de julho de 2011

Ele estava lá e naquele momento era ela e seu show. Usava seus trajes e colares, o que não disfarçava o olhar de querer. Em minha tranquilidade tão opaca me senti parte de algo maior. Fiquei sem reação, escondido. Depois, apreeensivo, pois sua aproximação era intensa e leve. Era, agora, ele. Firme, mas parecendo suave. Até que minha surpresa foi sua vontade que transbordou em nós aquela noite. Sintonia. Afeição  sem aflição. 
Não diga que eu não desejei, não pense que eu não quis, é só que eu me assustei, ao me ver tão feliz!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

De repente o mar sumiu
Tudo saiu do normal
O sol saiu arrependido
Meus olhos procurando
Não uma fuga qualquer
Procurando procurar

E serei tão feliz lá fora
E é tão melhor lá fora

Foi-se o tempo do desejar
Já é hora de sentir
O sol que nasce somente aqui
Nada pra poder explicar
O precipício e a redenção
Procurando encontrar

E hoje serei tão feliz lá fora
E será tão melhor lá fora

Lucas T.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Nada aqui é sobre mim, simplesmente porque tudo isso sou eu.
Lucas T.
O que eu vi em você?
Eu vi, talvez eu
Talvez um pedaço
Metade não
Uma parte
Mas a intenção não era completar
Apenas conhecer esta minha parte
Que é tão sua
Que você me dá
E eu acho pouco
Mas pra mim é muito

Ainda não sei o que vi
Acho que estava cego
Mas eu não nego
O que hoje vejo
Aquela foto
E percebo que não havia nada em você
Mas havia em mim
O medo
E por enquanto não te vejo
e por enquanto apenas desejo

Lucas T.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Querer dizer
e não saber como
e não saber o que
e não saber para quem dizer
e não saber o momento certo

Não querer dizer
e saber como
e saber o que
e ter para quem dizer
e saber o momento certo

A vida nunca nos dá tudo
Lucas T

quarta-feira, 6 de julho de 2011

VOTOS SINCEROS

Poderia lhe prometer ser fiel
Amar-te e respeitar-te
Na saúde e na doença
Na alegria e na tristeza
Mas isso é para pessoas otimistas
E esperançosas
Eu não sou um desses
Não tenho esperança de um futuro melhor
O que tenho é o presente
Um presente maravilhoso
E hoje o que sou é um homem
Um homem de coração
Que erra
Que tenta
Que sente
Mas sobretudo um homem de certezas
E por assim ser
Prometo-te somente uma coisa certa
A única que sei que poderei cumprir
A mais importante que tenho
A ti prometo: EU
Dia desses andei pensando
Sempre penso quando ando
Na verdade eu estava era falando sozinho
Em minha própria companhia
Bem, eu estava pensando e de tanto pensar
E falar
Decidi
Falar com as árvores
E descobri
Que não sou o único a falar assim
Lucas T.

segunda-feira, 27 de junho de 2011












DA INSPIRAÇÃO

Inspiração?
Se há, desconheço
Sei das vontandes que  transbordam da mente
Que invadem o papel
Vida não é inspiração
Amor também não 
Inspiração talvez seja a idéia
Escrever não é difícil
O que é difícil é descrever a idéia em palavras
Exige sacrifício
Suor
Simplicidade
Trabalho duro
Dedicação
Carinho
Isso tudo é inspiração
Não é preciso tê-la para escrever
Pois pAra escrever é preciso
Apenas sentir

BAÚ

E finalmente você resolve esquecer pra valer
Abre o grande baú
Soterra o que viveu
O que se arrependeu
O que desistiu

E você se sente grandioso
Não há nenhuma lástima
E você é pleno
Não há melancolia
Há só você 

Até que o tempo lhe trai
E lhe faz deparar com seu passado 
Faz você mergulhar no baú
E apesar da sua habilidade aquática
Você afunda
E quando finalmente acorda
Você se vê comentendo os mesmos erros

Pelo simples fato de ser humano
Pelo simples fato de ser você.

quinta-feira, 31 de março de 2011

UM NOVO AMOR

 












Tudo quanto enxergo é vastidão
São luzes pardas acochando vozes e seduzindo almas 
Alargo minhas mãos e não alcanço o alvo
As distâncias entre mim e tudo são indetermináveis

Na esperança forçosa de me reintegrar, falho
Abusam de mim os romances 
Suas mentiras robustas recalcando a essência de todo ser
Me ensinaram a amar o amor e a paixão


Nas palavras encontrei abrigo

Elas não me ensinaram a amar pessoas
Isso eu achei que sabia fazer
Criei então uma semi-razão para o querer

Escrevo hoje uma história minha e sobre mim, jamais um romance
Prefiro um conto, vários deles
Não mais procurarei o que me falta
Pois nada me falta, estou vivo, sou meu


 Lucas T.







quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

PASSOS DE ANJO

Naquele movimento metonímico
Encrespou-me a vastidão do olhar 
Seus passos fagulhavam tocando o chão
Plena graciosidade em samba

A mim havia ali nenhuma imperfeição
Era o mais belo quadro vivo
Pouco pude desvendar enquanto apreciava
Tantos detalhes e uma impressividade lancinante

Apoderou-se de meus pensamentos diários
Dulcificou meus sentimentos pálidos
Fez-me vivo novamente

O tempo estreito não me permitiu discernimento
Ficou a incerteza do sabor exato deste mel
Que espero poder provar mais vezes
Fazer cair teu véu
Confortar-te com as mãos
Observar seu caminhar suave

Expressar minha ambição

Vem
O medo não mudará a direção de seus passos
Tão singulares e alados

Lucas T.
(Dedicado a  alguém especial)



segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Ele não olha por dentro
Não tem olhos de sentimento
Suas mãos intocadas  de lamento
Em seu rosto a expressão pesada

Não vejo cor em seu silêncio
Nem expressão em sua ausênca
Cada encanto me impressiona
Mas nosso medo é arma branca

Sem segredos invado sua casa
Seu jardim, mudo seus documentos
E nada, sinceramente nada se iguá-la 
Imaginar não me preenche mais

Lucas T.
Veio em rajadas a um  coração latente. Viva alma que se faz em agonia agora na fria imensidão do talvez... O que os pássaros me dizem, aliás o que só eles me podem dizer é mais que uma gratidão cega. Suas ambições pálidas de galho em galho me alcançam e me excitam , atormentam-me mentalmente. Sua liberdade flui como é típico à espécie. Falam-me coisas surpreendentes, que não somente as ouço, consumo-as todas em pedacinhos doces regados com leite de rosas azuis.  Voe, voe insistem e eu largo meu corpo no amargo deste despenhadeiro da vida. Consternado em uma amalgama de caminhos vastos me perco. Encontro-me novamente e mais ciente de que isso dói. Não tenho asas reserva, preciso de recuperação, mais resiliência e uma brisa que me acalme... Apesar desta não-razão que cabe em mim, sentimentos não são passarinhos, que muito embora sejam livres, são também angaiolados por egoísmos atrozes, percebo que é possível sentir falta do que jamais se teve. E, a despeito de toda a dúvida , plano leve e suave sobre montanhas de algodão que me curem as asas e que me deixem sonhar. Sinto uma vontade lancinante de descobrir mais, aprofundar-me neste encanto. Sei esperar, não sabia, mas aprendo, quanta coisa se aprende na necessidade, já sei voar. Pouso e repouso na ansiedade de não saber suportar a vaidade do tempo que insiste em ir contra. O tempo é mais forte e eu apenas um segundo, frágil, mas que pulsa, e enquanto ele não passa, flutuo.

Lucas T.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

MÚSICA RECICLADA

Lembrança boa me traz o tempo em que rádio tocava música
Aquela coisa que se ouve com melodia, harmonia, ritmo, afinação de voz
Aquele som que relaxa e que nos faz flutuar
Faz refletir sobre o cotidiano
Faz protesto e anima, ensina, engrandece, alegra
Aquilo que nos faz feliz
Que nos faz pensar e viajar por países de sonho
Popular, Raíz, Simples, Sofisticada
Livre e simplesmente cantada em leves tons
Sem esforço, sem atuação, invenção ou banalidades

Um tempo novo chega, ligo o rádio e ouço
Desafinações basicamente
Basicamente nada
Um rostinho bonito
Um corpinho mais ou menos e 'tá' tudo bem 
'Tá' tudo ótimo

Música foi cultura há tempos atrás
Hoje música nem sei se existe mais
Qualquer um sai por aí gritando e acha que sabe cantar
As belas canções estão dormindo em sono profundo
Graças a Deus elas ainda existem mesmo que dormindo
Ainda posso ouvir os pedidos de socorro
Houve uma popularização de tudo
E a boa música ' foi pro brejo'

Ouvidos nem sei se mais os tenho
Haja paciência para tanta puluição sonora
A moda agora é ser feliz
Mas se quer ser feliz ouvindo qualquer babozeira que seja bem longe de mim
Isso não é revolta de quem aqui escreve
É desespero de quem conheceu a música como ela é.


 Lucas Tadeu

terça-feira, 11 de janeiro de 2011


Um só não é bom
Solução é andar junto
Quero tanto um presente
Que me venha em tempo
Antes de beirar à loucura
Antes de virar amargura
Antes do não querer mais 
Venha com avidez
Envena-me de você
Qualquer coisa
Que me faça ser Dois
 
Lucas T.


quinta-feira, 6 de janeiro de 2011



FORÇA


Embrulha-me o estômago saber tanto
 Distante de mim a sabedoria de um sábio
Mas vivi alguma coisa já
 Pouca, mas boa
Tive e tenho muitos problemas
 Tive e tenho muitos dilemas
Muitas perguntas Nenhuma resposta
 Muita vontade Pouca aposta
Entendi o risco que é viver
  E a emoção que isso me dá
E que felicidade é deliciar-se e entregar-se com tudo
 É ir fundo e penetrar na alma das pessoas
É usufruir  de dons

 Tudo acabará um dia É transitório
E a cada dia algo novo começa
 A saudade não pode viver muito tempo
Ansiedade não pode insistir em vencer
 Capacidade se tem quando se olha o passado
Liberdade é que te põe na linha
 Amor é palavra sem significado escrito
O único sentido da vida é não ter sentido algum
 Ela simplesmente ' É '
Sem razão ou hipocrisia

E nós vamos leves e breves como somos
Arrepios Calores Valores Perdão Traição Desbravamento
 Pele de Seda Gosto de Mel 
O Desamor e o Véu
 Somos Flores Somos Terra
Sem Destino Sem Misérias
 Viver é um sonho bom
Desistência e lamúria é para tolos
Saiba:   Ter força não significa estar forte
É na sensibilidade que reside nossa maior arma


Lucas Tadeu